Faculdade de Medicina da UFRGS

Dr. Oscar Bernardo Pereira

Oscar Bernardo Pereira nasceu em primeiro de novembro de 1901, em Porto Alegre, fillho do Comendador Manoel José Pereira, de nacionalidade portuguesa, e de Belmira Martins Pereira, brasileira, e irmão de Manoel José Pereira Filho. Os estudos primarios e secundarios no Colégio Anchieta, e formou-se médico em 1924, defendendo a tése de doutoramento, na formatura. Na Faculdade de Medicina e Farmacia de Porto Alegre. "O fenomeno de D'Herelle e as infecções pelos Bacilos Coli e Dysentéricos" sendo aprovado com distinção e ganhando medalha de ouro e o Prêmio Oswaldo Cruz. Foram seus colegas os Doutores: Alcides Alves da Silva, Alfredo Rodolfo Mariath, Ervin Wolffenbuttel, Felippe de Freitas e Castro, Gastão Barbedo de Noronha, Horacio Miguel Porcello, Huberto Wallau, Jose Meurer, Leonidas Soares Machado, Nelson Carlos Renk, Pedro Fantin Filho, Rivadavia Severo,Victor Hugo Ludwig, Waldemar da Silva Job. Paraninfo da Turma: Prof. Annes Dias. No ano de 1924, estagiou no Instituto Oswaldo Cruz, em Manguinhos, Rio de Janeiro. Em 1925 casou com a srta. Adyla Leopoldina May. Tiveram tres filhos: Oscar Belmiro May Pereira, Izabel Maria May Pereira e Manuel Adolpho May Pereira. Oscar e Manuel seguiram a carreira do pai e especializaram-se nas doenças infecto-contagiosas. Em 1926, fez o concurso de Docencia-Livre em Microbiologia, defendeu a tése: "Ionometria nos meios culturais" Junto com seu irmão lideraram a construção do Hospital Sanatório Belem, e Oscar foi diretor de 1944 até 1952. Alem disso teve intensa atividade universitária onde foi notavel professor e tambem secretário da Faculdade na diretoria do Prof. Raul Moreira da Silva. e obteve junto ao Pres. Getúlio Vargas autorização para iniciar as obras do Hospital das Clinicas, e mandou fazer um portão circular de frente na avenida Protasio Alves com os dizeres "Hospital de Clinicas da Faculdade de Medicina". Outra iniciativa própria do seu espirito idealizador- Foi convidar os jovens de todos os clubes de Porto Alegre, de levantar todos os postes para a linha eletrica do Hospital Belem. num só domingo, enquanto atras seguiam os técnicos da energia elétrica colocando os fios. Nlo fim de um dia - domingo- conseguiram eletrificar a zona do Hospital Belem. Oscar faleceu com somente 52 anos e fez tantas coisas. Nicanor Letti. site:nicanor.letti@terra.com.br

Dr. Manuel Pereira Filho

Manuel José Pereira Filho, nasceu em Porto Alegre em 1o/02/1888. Diplomou-se em em 1910 em Medicina, defendendo a tése: "Incompatibilidade medicamentosa" aprovado com grau máximo. Foram seus colegas de turma: Benjamin Torres, Fernando de Freitas e Castro, Henrique Ignacio Domingues, Manoel Cypriano de Avila e Vicente de Paula Dutra. Foi paraninfo o Prof. Luis Masson. No Instituo Oswaldo Cruz ele cursou em 1913, curso de especialização de Microbiologia e Zoologia Médica. Em 1915 o provedor da Santa Casa nomeou-o adjunto do setor de Parisitologia. Em 1916, fundou o Instituto Pereira Filho, construindo um´prédio na esquina da
Voluntarios da Pátria, reconhecido como de utilidade pública pelos seus trabalhos: foi nomeado bacteriologista da Diretoria de Higiene de Porto Alegre em 1920. Examinou, pela primeira vez, as águas do Rio Guaiba, Jacui e Caí, para localizar os melhores pontos de captação de águas para o abastecimento público. Em 1930, a Santa Casa nomeou a Enfermaria 24 (pele e sifilis) com o nome do pai: Manuel Jose Pereira. E nomeou o seu filho Manuel seu Diretor efetivo. Ajudou com as verbas da Instituição Federal que dirigia construiu o Pavilhão Pereira Filho, hoje um grande centro de pneumologia, e de transplantes pulmonares do Brasil. Teve um fihlo o Dr. Arthur Pereira, exímio cirurgião, que nos deixou muito cedo, com seu falecimento em plena atividade. Nicanor Letti. site: nicanor.letti@terra.com.br

Serviço de Pneumologia -FM-Santa Casa

Os fundadores do Pavilhão Pereira Filho da Santa Casa de Misericordia, em 1966 decorreu basicamente das verbas providas pelo governo Federal no Governo Vargas, quando Pereira Filho foi Ministro de Saúde. Os fundadores estão numa fotografia tomada de toda a equipe de professores, assistentes e médicos atendentes que é um documento chave na história do Pavilhão. Ele se organizou em 1966, quando o professor José Fernando Carneiro foi contratado para organizá-lo. Ve-se na foto sentados da E-D na primeira fila: Dr. J.J. Martins Weber, visitante, Funcionario da Casa Lohner, Dra. Vera Vieira, Dr. Danilo Tschiedel, Prof. José Fernando Carneiro, Dr. Ivan Leite Faria Leite, Dr. Bruno Carlos Palombini, Dr. Nelson da Silva Porto. Dr.João Carlos Prolla, Dr. Emanuele Francesco Nicola de Vita, Dr. Silvio Eifler, - Na segunda Fila: Dr. Noé Zamel, Dr. Jacob Coster, Dr. Moacir Scliar, Dr. Paulo Kok Baddo, Funcionario Amauri, Diva (secretaria), Dr.José da Silva Moreira, Terezinha Curtinova, Laborista Homero, Ir. Ranieri, Dr. Sergio Student, Secretaria Luzia, Dr. Sergio Porto, Dr. Raul Scwartz, Enfermeira não identificada, Edison Abreu, Secretaria Edith Friedrich, Enfermeira Debora, Dr. Clovis Heitor Tigre, Dr. Milton Golbert, Dr. Francesco Virgilio Scornavaca, Dr. Julio Lopes da Silva, Dr. Carlos Alberto Cozzi Mesquita, Dr. Henrique Wiehe, Paciente Eva. Nicanor Letti - site nicanor.letti@terra.com.

O Prof. João Gomes da Silveira

João Gomes da Silveira foi um dos melhores ginecologistas do RS, nasceu em Cruz Alta, RS, em 16/o4/1913. Cursou o primário e o secundário no Colégio Marista de Santa Maria. Sua facilidade de escrever e dizer, atuou no jornal "Sul-Brasil", escrevia artigos sobre a emancipação de Tapanciretã, povoado fundado por seu bisavo paterno. Acometeu-se de TBC quando viajava para o Rio para cursar Direito e trabalhar com João Neves da Fontoura. Mas depois de curado, fez vestibular na Faculdade de Medicina de Porto Alegre e ingressou em 1930. Apoiou a Revolução de Trinta e esteve engajado com as forças que foram em direção ao Rio, na coluna de Flores da Cunha. Após a volta do Rio, desenvolveu atividades jornalisticas no" Diário de Noticias". Sua formação ginecológica foi como discipulo de Arthur Grecco, Vicente Caruso, e do prof. Homero Fleck e Paulo Krieger da Enfermaria de Sarmento Leite a (quinta). A formatura da sua turma (1935) foi adiandada, pela comemoração do Centenário da Revolução Farroupilha, em 20 de setembro. Viaja para o Rio e durante seis meses e frequentou o serviço do Prof. Jayme Poggy seu padrinho. Na volta resolveu ir trabalhar em Ana Rech, distrito de Caxias do Sul, dedicando-se a clinica e a cirurgia Geral, e dominava a anestesia raquidiana. Numa festa, no quarto ano da Faculdade, oferecida por Thomas Mariante, conheceu a srta.Cely Tavares Py, filha do Prof. Aurélio de Lima Py, irmã do seu colega Ayrton Tavares Py. Casaram-se em 20 de julho de 1936. Em 1937 vai para Caxias do Sul onde havia estrutura hospitalar. Em Caxias escreveu sua tese sobre "Endometriose do ovário"foi auxiliado pelo patologista Waldemar de Castro. Em 1938, faz o concurso de Livre-Docente é aprovado, e em março de 1939 toma posse como Assistente de Ensino da cátedra de Ginecologia, cujo catedrático era o Prof. Martim Gomes. Cinco anos depois é novamente aaprovado em prineiro lugar para catedrático interino. Assume a cátedra, mas cinco anos depois demite-se , discordando de atitudes tomadas pela Faculdade de Medicina. E assim termina a vida academica como professor na UFRGS e vai se distinguir em outra Faculdade como grande ginecologista, romancista e tradutor este que foi uma das grandes conquistas da Faculdade de Medicina, perdendo-o com uma incoerencia inasceitavel para os meios academicos. Uma triste história para a FM, mas um grande mérito de quem aproveitou a genialidade de João Gomes da Silveira. Nicanor Letti. site: nicanor.letti@terra,com.

O Prof. Décio Martins Costa

Décio de Almeida Martins Costa, nasceu em 15 de agosto de 1900 em Porto Alegre. Cursou os preparatórios no Colégio Anchieta e ingressou na Faculdade de Medicina e Farmáccia de Porto Alegre em 1917. Seus colegas de turma foram: Antenor de Almeida Nunes, Avelino Steffens, Felix Engel Filho, Gastão Godinho de Magalhães Rhodes, Henrique Muller de Barros, João Mozart de Mello, Joaquim Ribeiro Louzada Netto, Jose Carlosde Araujo Gertum, Luciano Raul Panatieri e Octacilio Vargas. Foi paraninfo o Prof. Fernando de Paula Esteves. Tornou-se doutor em medicina pela defesa tese com grau 1o. Desde o ano da formatura clinicou em Lajeado, onde permaneceu durante seis anos. Em 1928, fez o curso da especialidade em Pediatria no Rio de Janeiro com o Dr, Martinho da Rocha. Terminado o curso no Rio, foi para a Alemanha junto com seu amigo Dr. Carlos Hofmeister, onde fizeram um curso de especialização em Berlim, na "Charité Kinderklinik" sob supervisão do Prof. Adalberto Czerny, chefe de Escola Alemã de Pediatria, foi assistente de Pediatria e exerceu grande atividade com os professores Sciff, Farzer, Eliasberg e Opitz, Em 1930, fez o curso de Higiene Infantil do Prof. Lerebout de Paris.No mesmo ano acompanhou o curso de dermatologia infantil, com Urbach em Viena. Após todo este esforço de formação, voltou em 1932 e casou com Dna. Nelia Martins, com ela teve cinco filhos. Em 1932, obteve o título de "docente-livre" da Faculdade de Medicina, com a tése "Da tuberculose e no terreno sifilitico" e foi aprovado com distinção e foi nomeado assistente da Cadeira de Pediatria e Higiene Infantil da UFRGS, e teve uma famosa vida politica. Foi idealizador e diretor por 10 anos da Hospital da Criança. Existe uma foto onde aparece o corpo docente da Pediatria dos anos 40, 50 e 60 onde estão os Professores: Raul Moreira catedrático, com seus assitentes: Decio Martins Costa, Maria Clara Mariano da Rocha e Estela Budianski. Mas o Professor Décio Martins Costa nos deixou repentinamente: No dia 26 de agosto de 1963, numa reunião no auditorio situado a direita da entrada da FM Décio apresentava um professor alemão: Hans Georg Hansen da Universidade de Kielh, da Alemanha sobre o tema "Hemopatias Infantis" e ao apresentar o prof. alemão......ele não conseguiu prosseguir caindo sobre a mesa, sendo amparado pelo alemão e pelo seu amigo Carlos Hoffmeister, estava morto. Foi uma angustia pela familia e a faculdade, falou no enterro, seu colega de partido politico o Dr. Orlando da Cunha Carlos. Nicanor Letti site: nicanor.letti@terra.com.br

As Faculdades Positivistas

A luta contra a Faculdade de Medicina e Farmácia de Porto Alegre, durou muitos anos, foi tambem estímulo para a luta politica contra a estrutura montada por Borges de Medeiros, que nunca terminava, com altos e baixos. Apoiada por deputados federais castilhistas fundaram uma Faculdade de Sciencias Médicas, escreveram os seus estatutos em 1917, e foram impressos nas Oficinas Gráficas da "A Federação", não estão assinados e nem o grupo que os escreveu. Tenho um exemplar. Ela nunca funcionou. Mas em fevereiro de 1915, foi criada a "Escola Medico-Cirúrgica de Porto Alegre", como afirma Beatriz Teixeira Weber em sua Tése de 1999: "As artes de curar: Medicina, Religião, Magia e Positivismo na Republica Rio-Grandense. E o trabalho: Positivismo e ciencia médica no RGS: a Faculdade de Medicina de Porto Alegre. Sua fundação coincidiu com a primeira nomeação para diretor da Faculdade Oficial do Prof. Eduardo Sarmento Leite da Fonseca. Tenho em mãos seu Estatuto, foi impresso pela Livraria do Globo em 1929. O curso desdobrava-se em cinco anos, que é uma cópia de outras faculdades só com duração de cinco anos. E na obstetricia tinha um curso para parteiras. e permitiam duas classes de alunos os regulares e os ouvintes. Não foram autorizados a atuar na Santa Casa de Misericórdia. Apesar do Dr. Dioclécio Pereira ser dessa Faculdade e ao mesmo tempo Provedor. Outro disparate da Medico-Cirurgica foi no segundo ano de funcionamento em 21.12.1916, fazer uma solenidade de colação de graus de doutorandos. Ademais um processo contra dois presidentes de Instituições Academicas que ofenderam o ensino e ridicularizava a Médico-Cirurgica, foram absolvidos em segunda entrancia e seu advogado foi o Dr. Adroaldo Mesquita da Costa, dissecou todo o absurdo e o mau ensino que praticavam. Ela foi fechada em 1932, no decreto de Vargas , ainda vigorando, da regulamentação médica no Brasil. Mas tinha uma construção do Alto da Bronze, onde eram ministradas as aulas teóricas e as práticas eram realizadas no Hospital da Brigada Militar. A sua sede no alto da Bronze, anos após, tornou-se a Auditoria Militar. Nicanor Letti. site: nicanor.letti@terra,com.br

O Dr.Alexandre de Argollo Mendes

O dr. Alexandre de Argollo Mendes, faleceu no ano de 201o com 102 anos. Foi professsor de Otorrinolarigologia da Faculdade de Medicina de Porto Alegre durante mais de 50 anos. Foi Livre-Docente. E formou-se com a turma de 1931. Deixou-me quatro paginas manuscritas sobre sua vivencia na Santa Casa. Descreveu em suas memórias: "Iniciei minhas atividades no Ambulatorio 15, da Santa Casa por volta de 1928, a convite do saudoso prof. Alberto de Souza, lá tambem trabalhavam os médicos: Diogo Martins Ferraz e Otaviano Silveira Martins (capitão médico) e João Guilherme Valentim. O ambulatorio funcionava numa modesta casa de madeira no local onde hoje se encontra a Pavilhão Daltro Filho. Apesar da precariedade das instalações o atendimento era numeroso e em bom nivel. As aulas eram práticas e operavamos diariamente: amigdalas, seios da face, septos etc. Todo o atendimento era inteiramente gratuito. O que não impedia que um ou outro caipira, de vez em quanto nos oferecia uma nota de cinco-mil-reis para tomar ma cerveja(sic). Em 1929, juntou-se a nos, tambem como interno, o saudoso colega Julio Ethur Bocaccio que colaborou por muitos anos. Formado em 1931, defendi tese, feita no Ambulatório sobre o "Vacuum Sinus de Sluder". Em 1932, fui trabalhar em Pelotas onde permaneci até 1936. De regresso fui chamado pelo Prof. Alberto que me intimou a regressar ao meu posto no Amb. 15. Onde me conservo até esta data. Encontrei na regencia da cátedra o Dr. Antonio de Souza e outro livre-docente o Dr. A.S. Mascarenhas.Mas foi meu grande amigo o Dr. Antonio a quem devo a minha contratação como instrutor de ensino. Entrando, portanto, no corpo docente da cadeira onde permaneci até 1976 quando me aposentei. Continuei, entretanto a trabalhar no setor indo diariamente ao ambulatorio da Santa Casa. Lá conheci o dr. Ivo Kuhl, Israel Schermann, Oswaldo Muller, Dalva Agostini, Simão Piltcher, Simão Brunstein, Simão Sprinz, Arnaldo Linden, J.P. Correa Soares, e muitos outros. Quanto a enfermagem no inicio era feita por uma irmã de caridade apos veio a saudosa Enf. Edwiges que permaneceu até falecer. Não posso esquecer a decisão do concurso de cátedra que ganhou o Dr. Moises Cutin, onde permaneceu seis anos e se aposentou voltando para São Paulo. Durante a regencia interina do Dr. Antonio de Souza entre 1936 até 1964, ele organizou cursos e convidou professores do exterior para conferencias no Ambulatorio. Nicanor Letti. site: nicanor.letti@terra.com.br

A cadeira de Otorrinolaringologia

A Otorrinolaringologia começou a ser praticada na Faculdade de Medicina e Pharmacia de Porto Alegre nos anos de 1898 pelo Prof. Victor de Britto, formado médico na Bahia. Especializou-se em 1884 e 85 em oftalmologia e otorrinolaringologia em Paris com os Drs. Wecker, Pannes, Terrien e Lapersonne. Em 1898, foi um dos fundadores da Faculdade de Medicina, e no ano de 1903, esteve novamente em Paris com o Prof. Raymond e em Viena com Adam Politzer e Wiesel. Fundou o serviço de Olhos da Santa Casa de Misericordia, onde tambem atendiam as doenças de ouvidos, nariz e garganta. Ministrou aulas de Otorrino até 1915, quando passou a ser somente professor de oftalmologia. De 1916 a 1919, a cadeira foi lecionada pelo Dr. Julio Hecker que havia se aperfeiçoado em Berlim, Viena e Barcelona e trouxe o primeiro endoscópio com luz na extremidade chamado aparelho de Brunninger, e fazia demonstrações públicas com o referido endoscópio. Em 1920, Julio Hecker se afastou da cadeira por problemas de saude e foi substituido pelo Dr. Diogo Ferraz, mas no ano seguinte a Congregação nomeou o Dr Julio Velho que regeu a cadeira até 1925. Em 1926 a cadeira passou para o Dr. Alberto de Souza e foi nomeado catedrático por decreto de Vargas em 1932, logo apos a federalização da Faculdade de Medicina. Com a construção do Pavilhão Daltro Filho a otorrino instalou-se no andar térreo com0 ambulatorio 19, onde haviam boxes para exame dos pacientes e uma pequena sala cirurgica onde toda uma geração de otorrinos se formaram. Trabalharam na Otorrino professores que fizeram Livre-Docencia: foram Antonio de Souza, Satayana Mascarenhas, Alexandre Argollo, Israel Schermann. E os voluntarios como Julio Boccacio, Ivo Barbedo, , João Paulo Correa Soares, João Valentim Dalva Agostini. O Ambulatorio 15 funcionou até 1975, quando foi transferido para o Hospital de Clinicas. O Prof. Alberto de Souza aposentou-se em 1956 e faleceu em 30 de dezembro, fizeram docencia em 1957 Ivo Adolpho Kuhl, em 1964 Roberto M. Neves Pinto, em 1974 Valdomiro João Zanette. Submeteram-se ao concurso de Docencia-Livre os seguintes médicos: em 1976 Fernando Carneiro da Cunha e Oswaldo Bruno Muller. A cadeira foi regida pelo Dr. Antonio de Souza, Livre-docente, nomeado pela Congregação até 1969. Em 1958, com a Direção da Faculdade do Prof, Milano, que conseguiu abrir concursos para catedráticos, na Otorrinolaringologia. Apresentaram-se e inscreveram-se para o concurso de catedrático os Profs. Ivo Adolpho Kuhl e o Dr.Moises Cutin que exercia a disciplina em São Paulo. E a congregação escolheu a banca examinadora e a data. Foram designados pela Faculdade os professores Paulo Tibiriça e Fradique Correa Gomes, e de fora os professores Geraldo de Sa de Recife, Arthur Kós do Rio, e o prof. Raphael da Nova catedratico da Faculdade de São Paulo. O resultado foi uma surpresa,a nota final foi mais alta para o Prof. Ivo, mas os tres professores de fora, aprovaram em primeiro lugar o Prof. Cutin que teve tres indicações e saiu vencedor. O Dr. Ivo continuou brilhantemente com seu serviço de Endoscopia no Hospital São Francisco, e tinha agora duas docencias na Faculdade. O Dr Cutin deu aulas alguns anos, e sua esposa uma perita Bibliotecária organizou a Biblioteca da Faculdade. O Dr. Moises Cutin permaneceu na cátedra até 1964 e voltou para São Paulo. A congregação chamou o Dr. Ivo Kuhl para reger a cadeira como interino, mas na Direção do Ministerio da Educação sob Jarbas Passarinho, todos os professores interinos foram integrados como catedráticos, na Faculdade de Medicina de Porto Alegre vários professores se beneficiaram com o ato do Ministerio. Ivo Kuhl, sofreu do resultado do concurso, mas foi quem introduziu a moderna cirurgia do ouvido em Porto Alegre e desenvolveu de maneira notavel a endoscopia diagnostica. Em 1974 a cadeira foi se transferindo aos poucos para o Hospital de Clinicas, onde novamente tomou o nome de cadeira de Oftalmologia e Otorrinolaringologia. Ademais houve outra decisão do Prof. Reitor Eduardo Faraco, que os professores poderiam se adaptar em outras cadeiras, foi como eu migrei para a Otorrino legalmente. O mesmo foi permitido aos professores de eletricidade dos primeiros anos da Engenharia foram para as disciplinas de informatica. Nicanor Letti ´site: nicanor.letti.@terra.com.br