Faculdade de Medicina da UFRGS

A eterna juventude do Bacilo de Koch

O mycobacterium tyberculosis ainda causa grande mortalidade. A peste branca retornou ao organismo do homem com toda força e fecundidade inacreditável. Oito milhões de indivíduos infectam-se anualmente e três milhões morrem. No arrastão da pandemia da AIDS a tuberculose rejuvenesceu. O bacilo tornou-se resistente a todos os medicamentos que o destruíam. Sua contagiosidade foi facilitada, pois uma exposição de pouca duração pode resultar em uma tuberculose ativa com transmissão rápida, e infectar muitos indivíduos ao mesmo tempo. Estudos em pulmões de ratos de laboratório verificou-se que as novas cepas passam em poucos dias a multiplicar-se de dez mil para dez milhões. Pesquisa realizadas em Gâmbia mostraram que os indivíduos não são iguais geneticamente face o risco de ter tuberculose. Começa-se a entender. Começa-se entender que indivíduos pelo seu património genético são mais propensas ou mais protegidas da moléstia. Verificou-se que a tuberculose multiresistente devida na maneira parcial e incoerente de administrar os medicamentos. A solução foi encontrada pelo Dr. Karel Styblo com o tratamento de breve duração e sob observação direta. Significa que a cura custa 200 dólares ou mais para cada paciente. E sua aplicação não é fácil.Este sistema foi aplicado na Tanzânia, moçambique, benin e Nicarágua com sucesso. Estes novos métodos foram aprovados na Conferência de Atlanta. Mas seu iniciador falecia em Haia aos 76 anos. Ele sofreu de tuberculose durante sua internação num campo de concentração nazista na Segunda Guerra Mundial.

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